Estava
encolhido, sem nome como sempre, ainda mais sem nome porque agora chovia.
Acocorava-se
amarelado sobre uma caixa d’água velha e sob uma árvore inapropriadamente
florida.
Fitava a chuva.
Mais precisamente fitava as gotas maiores que escorriam das folhas e se
distinguiam da aguaceira.
Fitava com olhos absolutamente imóveis – acocorado e
sem nome – as grandes gotas.
Fumava – achava
que fumava – um cigarro molhado.
Só isso, só isso mesmo.
Mas explico: Era
Maio, por isso apenas fumava, ou apenas fitava. Não sorria ainda.
"Entre a chuva e a árvore sem tocar o chão, sem ver consrução nenhuma feita por mãos."
"Entre a chuva e a árvore sem tocar o chão, sem ver consrução nenhuma feita por mãos."
Nenhum comentário:
Postar um comentário