a lua precipita por detrás dos prédios
como se em cada
aresta apoiasse um
feixe de luz
lá de longe talvez
não saiba mas
seu brilho manso faz silêncio em
toda a vida da gente
faz da cidade quase
pasto
e se não fossem as vidas largadas na esquina
a gente andava esquecido
da morte
e deitava as costas na calçada adivinhando
qual cume quadrado seria pouso
de seu último toque
desejosos de que ela ainda se demore
e que ainda que se vá
depois retorne
e faça
dessas rua pasto
desse gado gente
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